Nesta terça-feira (15), o CEBRI, o Inter-American Development Bank, a Empresa de Pesquisa Energética e o Cenergia Lab/COPPE-UFRJ, em parceria com o Governo Federal do Brasil, promoveram o debate “Neutralidade de Carbono: Cenários para uma transição energética eficiente no Brasil”, no Ministério de Minas e Energia, em Brasília.

Como ressaltou Rafaela Guedes, o seminário teve como objetivo discutir sobre as prioridades e compromissos para a transição energética no cenário nacional, levando em consideração a importância da articulação intersetorial e as recomendações consolidadas pelo Programa de Transição Energética (PTE), cujo relatório está disponível AQUI.

A Diretora do Departamento de Transição Energética do Ministério, Mariana Espécie, afirmou na abertura do evento que “hoje temos muita clareza de que a captura de carbono é um caminho possível e buscamos institucionalizar políticas em torno disso”. Ela ressaltou a importância do estudo realizado pelo PTE para auxiliar o governo com os melhores caminhos para uma transição eficiente.

Rodrigo Rollemberg, Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apontou que o Brasil tem a oportunidade única de se inserir competitivamente na economia de baixo carbono, visto que é um tema central no país e tem importância global. Sobre isto, o Embaixador André Corrêa do Lago, Secretário de Clima e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, reforçou que “nenhum outro país em desenvolvimento pode se favorecer mais da agenda de desenvolvimento sustentável do que o Brasil”.

Para Gregório da Cruz Araújo Maciel, Pesquisador Sênior do CEBRI e Gerente de Reflorestamento e Projetos Ambientais da Petrobras, há algumas mensagens chave quando o assunto é matriz energética: a descarbonização no Brasil se dá em um período de crescimento da demanda, refletindo a necessidade energética na economia; a matriz energética brasileira é extremamente renovável, mas esse grau de renovabilidade deve ser ampliado no longo prazo; o grande vetor energético brasileiro é a bioenergia.

Clarissa Lins, Conselheira do CEBRI e Sócia-Fundadora da Catavento, destacou em sua fala o conceito de “trilema energético”, afirmando que cada país deve olhar, dentro de seu sistema energético, para a segurança energética, buscando reduzir os impactos ambientais e maximizar a acessibilidade desta energia.

Confira o debate na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=xGnkGKEhW7Y