O Núcleo Energia do CEBRI e o Institute of the Americas promoveram na última quarta e quinta-feira (27 e 28/6) a “Mesa Rendonda Brasil: Energia e Sustentabilidade”, conferência contou com renomados especialistas da indústria, governo e terceiro setor, que trataram de transição energética, ESG, diversidade e inclusão.
Rafaela Guedes, Senior Fellow do CEBRI, Jeremy Martin, Vice-Presidente de Energia e Sustentabilidade da IoA, Richard Kiy, Presidente e CEO do IoA e Decio Oddone, Coordenador do Núcleo Energia do CEBRI e CEO da Enauta, promoveram a abertura institucional da conferência.
O primeiro painel contou com Carla Lacerda, Fellow Não Residente no IoA, Clarissa Lins, Conselheira do CEBRI e Sócia-Fundadora da Catavento Consultoria, Ricardo Gorini, Head do Programa REMAP da International Renewable Energy Agency (IRENA), e Maurício Tolmasquim, Diretor de Transição Energética da Petrobras. Clarissa Lins apontou a necessidade de diversificação de fontes para uma transição sustentável, ao passo em que Tolmasquim informou que a Petrobras iniciou testes de um combustível marítimo composto por 24% de conteúdo renovável.
No segundo painel, sobre tecnologias, inovação e competitividade, participaram André Clark Juliano, Conselheiro do CEBRI e Vice-Presidente da Siemens Energy, Gregório da Cruz Araújo Maciel, Pesquisador Sênior do CEBRI, José Firmo, CEO do Porto do Açu, Sandro Yamamoto, Diretor na ABEEólica - Associação Brasileira de Energia Eólica Onshore e Offshore e Novas Tecnologias e Augusto Mello, Sócio da ERM.
O terceiro painel, com tema o futuro do transporte, foi moderado por Rafaela Guedes e recebeu Paula Kovarsky, Vice-Presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen, Luciana Costa, Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Fabio Rua, Vice-Presidente de Relações Públicas, Comunicações e ESG na General Motors, e Felipe Fava, Sócio da McKinsey & Company. Luciana Costa afirmou que o Brasil vai precisar de subsídios para fomentar a transição energética e que o banco público vê produtores de hidrogênio verde como candidatos potenciais.
O quarto e último painel do primeiro dia, dedicado ao setor de óleo e gás e sua participação na transição, teve a presença de Nelson Narciso Filho, Fellow Não Residente do IoA, Symone Araújo, Diretora da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Heloisa Borges Esteves, Diretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética e Alejandro Catalano Dupuy, Head de Brasil da Pan American Energy.
No segundo dia de debates, o foco das discussões foram os desafios para o setor elétrico brasileiro, para a economia de baixo carbono e de ESG, diversidade e inclusão.
O painel sobre o setor elétrico, moderado por Guilherme Dantas, Pesquisador Sênior do CEBRI, foi composto por Angela Gomes, Consultora Estratégica na PSR - Energy Consulting and Analytics, Eduardo Sattamini, CEO da ENGIE Brasil e Guilherme Lencastre, Presidente do Conselho de Administração da Enel Brasil, e debater a evolução dos mercados de debateu a evolução dos mercados de energia e de seus arcabouços regulatórios, o impacto dos subsídios na competitividade no setor e a necessidade de abertura em mercados com recursos centralizados.
Em seguida, o painel sobre as florestas e soluções baseadas na natureza teve moderação de Ilona Szabó de Carvalho, Conselheira do CEBRI e Presidente e Co-fundadora do Instituto Igarapé e participaram do debate Rafaela Guedes, Marina Piatto, Diretora Executiva da Imaflora e Patricia Ellen da Silva, Co-fundadora do AYA Earth Partners. Piatto defendeu a criação de um sistema integrado federal de rastreabilidade para garantir a maior sustentabilidade no setor agropecuário e Patrícia Ellen sugeriu a realocação de recursos para investimentos em bioeconomia, agricultura regenerativa, descarbonização e outras áreas ligadas à transição energética.
Por fim, o último painel tratou de diversidade, equidade e inclusão, com uma mesa composta por Rafaela Guedes, Helena Bertho, Diretora Global de Diversidade e Inclusão da Nubank, Eduardo Miglianoc CEO da 99jobs, e Felipe Freitas, Diretor Global de Rh da Petrobras. Rafaela Guedes destacou que “56% da população brasileira é negra, 28% são mulheres negras, e o número de mulheres negras em posição de liderança nas empresas brasileiras é de apenas 0,4%”. Para Bertho, é preciso ter muita intencionalidade e apoio de políticas públicas para garantir oportunidades para estas pessoas, uma vez que a ausência de estratégias torna o caminho para a equidade muito mais longo.