Relatórios

Uma estratégia para a China?

Na sua 2º edição, o Grupo Permanente de Análise sobre China promoveu uma reflexão sobre a importância de articular com mais clareza uma estratégia brasileira para a China, com base nos principais elementos que atualmente norteiam as relações bilaterais, mas também na identificação e avaliação dos principais riscos e oportunidades inerentes ao adensamento dessa relação, sobretudo na área econômica. Discutiu-se a conveniência de aprimorar-se a implementação coordenada de uma estratégia que articule os interesses do país no longo prazo e identifique instrumentos para a promoção desses interesses, trabalho que se beneficiaria de reflexão estruturada do governo, do setor privado, da academia e da sociedade civil. Houve convergência nos debates sobre a importância de estabelecer-se estratégia mais abrangente, em que concepção, coordenação e implementação sejam elementos integrais. Também foi ressaltado que uma estratégia para a China não pode ser pensada isoladamente de uma estratégia para o País, que leve em conta, sobretudo, nossos desafios em relação ao incremento da produtividade da economia e ao baixo conteúdo tecnológico das exportações, mas também uma visão de futuro sobre como se posicionará o Brasil num mundo em que o centro dinâmico pende cada vez mais para a Ásia; e em que China assume liderança crescente, quer pelo grande impacto exercido indiretamente pela economia chinesa na economia global, que já é maior do que aquele exercido pela economia americana em muitos setores, mas também, diretamente, como investidor.

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Na sua 2º edição, o Grupo Permanente de Análise sobre China promoveu uma reflexão sobre a importância de articular com mais clareza uma estratégia brasileira para a China, com base nos principais elementos que atualmente norteiam as relações bilaterais, mas também na identificação e avaliação dos principais riscos e oportunidades inerentes ao adensamento dessa relação, sobretudo na área econômica. Discutiu-se a conveniência de aprimorar-se a implementação coordenada de uma estratégia que articule os interesses do país no longo prazo e identifique instrumentos para a promoção desses interesses, trabalho que se beneficiaria de reflexão estruturada do governo, do setor privado, da academia e da sociedade civil. Houve convergência nos debates sobre a importância de estabelecer-se estratégia mais abrangente, em que concepção, coordenação e implementação sejam elementos integrais. Também foi ressaltado que uma estratégia para a China não pode ser pensada isoladamente de uma estratégia para o País, que leve em conta, sobretudo, nossos desafios em relação ao incremento da produtividade da economia e ao baixo conteúdo tecnológico das exportações, mas também uma visão de futuro sobre como se posicionará o Brasil num mundo em que o centro dinâmico pende cada vez mais para a Ásia; e em que China assume liderança crescente, quer pelo grande impacto exercido indiretamente pela economia chinesa na economia global, que já é maior do que aquele exercido pela economia americana em muitos setores, mas também, diretamente, como investidor.

Participaram dessa publicação

Roberto Jaguaribe
Conselheiro

Embaixador do Brasil na Alemanha

Hussein Kalout
Conselheiro Consultivo Internacional

Cientista Político pela Universidade de Brasília e Editor-chefe da CEBRI-Revista

Otaviano Canuto dos Santos Filho
Senior Fellow do Policy Center for the New South (PCNS)

Senior Fellow Não-Residente da Brookings Institution, Professor na Elliott School of International Affairs da George Washington University e Diretor do Center for Macroeconomics and Development

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