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Núcleo África do CEBRI realiza conversa sobre a trajetória econômica e política de Angola na última década

Angola tem sido um parceiro estratégico e histórico do Brasil na África, com laços que se consolidaram ao longo de décadas de cooperação e intercâmbio cultural. 

Nesta conversa organizada pelo Núcleo África do CEBRI, o Embaixador Antonio Augusto Martins Cesar, Senior Fellow do CEBRI e Diretor do Departamento de África do Itamaraty, recebe o diplomata Rafael Vidal, ex-embaixador do Brasil em Angola (2020-2024), e Armindo Laureano, renomado jornalista angolano e conhecedor das relações entre Angola e Brasil.

O debate oferece uma visão abrangente da trajetória de Angola na última década, destacando suas transformações internas, seu crescente protagonismo no continente africano e sua evolução no cenário global. Ao explorar temas comerciais e articulação entre Brasil e Angola em questões estratégicas da política internacional contemporânea, a conversa aborda a importância do consulado geral brasileiro em Luanda e seu o potencial de facilitar a interação entre os dois países, além de destacar como os vínculos culturais promovem o fortalecimento dos laços culturais entre os dois países, ampliando as oportunidades de cooperação mútua.

Durante a conversa, o diplomata Rafael Vidal destaca as semelhanças históricas, culturais e linguísticas entre Brasil e Angola, que impulsionam o comércio, atraem investimentos e fortalecem a cooperação bilateral. Também ressalta o papel do Brasil como um parceiro estratégico na transformação econômica de Angola desde sua independência. Segundo o  embaixador, Brasil e Angola são países de "fronteira atlântica", que avançam juntos em uma parceria cada vez mais promissora.

Complementando a discussão, Armindo ressalta o papel pioneiro do Brasil ao ser um dos primeiros países a reconhecer a independência de Angola, em 1975, e a profunda influência cultural brasileira no país. O jornalista relembra o projeto Kalunga, uma missão cultural e política que, no final dos anos 70, levou ícones da música brasileira, como Chico Buarque, Dorival Caymmi, Martinho da Vila, Djavan, Clara Nunes, para se apresentarem em Angola durante a Guerra Civil, fortalecendo o diálogo político e musical entre as duas nações.

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