“Atualmente, muitos países em desenvolvimento podem se beneficiar do apoio da China no desenvolvimento econômico digital sob quatro principais perspectivas: primeiro, na construção de infraestrutura; segundo, na transferência de tecnologia e capacitação de recursos humanos; terceiro, na promoção da inclusão financeira, com ênfase nos sistemas de pagamento digital e inovações financeiras; e, por fim, na integração regional, ampliando a conectividade e fortalecendo a cooperação entre os países”, Jia Yu, Peking University.
No dia 19 de setembro, o Núcleo Ásia do CEBRI, em parceria com o Banco BOCOM BBM, realizou o evento online "Transformação da Economia Chinesa: Impacto da Digitalização e Inovação". Este foi o quarto e último encontro do Grupo de Análise sobre China 2023/2024, com o objetivo de explorar como estratégias de digitalização, como o programa Made in China 2025 e a Revolução 4.0, estão moldando a economia chinesa, promovendo inovação e eficiência industrial.
Moderado por Larissa Wachholz, Senior Fellow do CEBRI e Sócia da Vallya Participações, o evento contou com a presença de Jia Yu, Diretora do Institute of New Structural Economics da Universidade de Pequim, e Ruby Osman, Conselheira Política de Geopolítica do Tony Blair Institute for Global Change. Durante a discussão, foram abordados tópicos como o estado atual da economia digital, a diversificação de setores, incluindo manufatura de produtos digitais, serviços e agricultura digital, além da cooperação internacional, com ênfase na Iniciativa Belt and Road e na Rota da Seda Digital, e o futuro da economia digital na China, ressaltando a importância da digitalização industrial e das novas tecnologias.
O evento ofereceu uma visão ampla de como a China está se distanciando de seu modelo econômico tradicional, em direção a um modelo mais sustentável, focado em inovação e desenvolvimento tecnológico. Esse movimento se alinha ao conceito de “desenvolvimento de alta qualidade”, promovido pela liderança central do país. A busca pela autossuficiência tecnológica, em resposta às restrições impostas pelos EUA ao acesso a tecnologias avançadas, especialmente semicondutores, foi um dos temas centrais discutidos, assim como o papel da população e o impacto das novas tecnologias no cotidiano.
Desde o final de 2023, as reuniões do Grupo de Análise promoveram debates sobre oportunidades e desafios na transição digital dos dois países, assim como possibilidades de cooperação, o estado da economia chinesa e as perspectivas para fortalecer a relação entre o Brasil e a ASEAN em um mundo sustentável, além dos benefícios que o Brasil pode obter com essa parceria.
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