Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o dólar consolidou-se como eixo central da política e da economia internacionais. O debate sobre se essa posição representa um “privilégio exorbitante” ou se insere no chamado dilema de Triffin é vasto e influente, moldando parte relevante da literatura de Economia Política Internacional.
O conceito de privilégio exorbitante descreve a capacidade dos Estados Unidos de financiar déficits externos graças ao papel central do dólar como principal moeda de reserva e de transações internacionais. Essa demanda estrutural pela moeda permite ao país sustentar desequilíbrios persistentes em sua balança de pagamentos sem enfrentar pressões de desvalorização ou crises cambiais, já que pode emitir dólares ou vender títulos do Tesouro para cobrir o déficit. Por sua vez, o economista Robert Triffin alertou que, no longo prazo, o fornecimento contínuo de dólares para atender à demanda global tende a corroer a credibilidade da moeda, enfraquecendo-a — paradoxo que ficou conhecido como dilema de Triffin.
Independentemente da perspectiva teórica adotada, observa-se que a atual gestão norte-americana vem utilizando essa condição singular do dólar de forma inédita, intensificando seu papel como instrumento geopolítico. Tal uso carrega o risco de provocar disrupções no sistema financeiro internacional, com impactos concretos sobre a economia real.
Nesse contexto, torna-se fundamental compreender como a transformação do dólar em ferramenta explícita de política externa — e a consequente conversão do mercado financeiro global em arena de disputa estratégica — afeta a arquitetura da economia mundial. Isso exige examinar, de maneira integrada, os efeitos das decisões fiscais e financeiras dos Estados Unidos, seu emprego no tabuleiro geopolítico e suas repercussões sobre os fluxos comerciais internacionais.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o dólar consolidou-se como eixo central da política e da economia internacionais. O debate sobre se essa posição representa um “privilégio exorbitante” ou se insere no chamado dilema de Triffin é vasto e influente, moldando parte relevante da literatura de Economia Política Internacional.
O conceito de privilégio exorbitante descreve a capacidade dos Estados Unidos de financiar déficits externos graças ao papel central do dólar como principal moeda de reserva e de transações internacionais. Essa demanda estrutural pela moeda permite ao país sustentar desequilíbrios persistentes em sua balança de pagamentos sem enfrentar pressões de desvalorização ou crises cambiais, já que pode emitir dólares ou vender títulos do Tesouro para cobrir o déficit. Por sua vez, o economista Robert Triffin alertou que, no longo prazo, o fornecimento contínuo de dólares para atender à demanda global tende a corroer a credibilidade da moeda, enfraquecendo-a — paradoxo que ficou conhecido como dilema de Triffin.
Independentemente da perspectiva teórica adotada, observa-se que a atual gestão norte-americana vem utilizando essa condição singular do dólar de forma inédita, intensificando seu papel como instrumento geopolítico. Tal uso carrega o risco de provocar disrupções no sistema financeiro internacional, com impactos concretos sobre a economia real.
Nesse contexto, torna-se fundamental compreender como a transformação do dólar em ferramenta explícita de política externa — e a consequente conversão do mercado financeiro global em arena de disputa estratégica — afeta a arquitetura da economia mundial. Isso exige examinar, de maneira integrada, os efeitos das decisões fiscais e financeiras dos Estados Unidos, seu emprego no tabuleiro geopolítico e suas repercussões sobre os fluxos comerciais internacionais.