O setor da energia elétrica é um importante destaque dentre os vários segmentos da economia e da infraestrutura que aparecem extremamente desarticulados em meados de 2016. O seu grande impacto na vida quotidiana de famílias, empresas e indústrias fez com que se tornasse objeto de atenção excessiva do governo e, por estranho que pareça, isto foi a sua desgraça. O setor se viu ‘vítima’ de medidas discricionárias, algumas pretendendo revolucionar condições e ajustes que as próprias forças de mercado deveriam efetuar; seus órgãos reguladores e operacionais receberam interferências políticas de toda ordem, e os seus preços foram arbitrariamente manipulados ao sabor dos ventos eleitorais. Com isso, todo segmento de negócio perdeu sua racionalidade interna e a cada intervenção – desastrosa no mais das vezes – seguiam-se outras, de cunho corretivo, que só pioravam a situação.