
O CEBRI realizou, no dia 2 de dezembro, um evento dedicado à análise política e estratégica da COP30, reunindo especialistas para discutir aprendizados, desafios e implicações geopolíticas da Conferência para o Brasil e para o sistema internacional.
O encontro marcou também o encerramento do curso “COP em Foco: Estratégias de Atuação em COPs para Entes Subnacionais e Setor Privado” e celebrou o lançamento da 15ª edição da CEBRI-Revista, dedicada ao tema “COP30 e a Nova Geopolítica do Clima”.
O evento reuniu Izabella Teixeira, Conselheira Consultiva e Internacional do CEBRI, Mônica Sodré, Senior Fellow do CEBRI, Maria Netto, Senior Fellow do CEBRI e Diretora Executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Rafaela Guedes, Senior Fellow do CEBRI, Philip Yang, Senior Fellow do CEBRI e Fundador do URBEM, Jorge Arbache, Professor da Universidade de Brasília, e Thais Jesinski Batista, Diretora Adjunta do Programa de Transição Climática e Sustentabilidade do CEBRI.
As discussões ressaltaram que a COP30 ocorreu em um cenário internacional particularmente complexo, no qual temas como segurança de recursos, como minerais críticos, políticas industriais compatíveis com a transição climática, e fluxos de comércio e investimento ganharam centralidade. Foram destacados avanços importantes do processo negociador, como o fortalecimento da agenda de adaptação, maior atenção às comunidades locais e a ampliação de instrumentos destinados a acelerar a implementação de compromissos climáticos. Também houve progresso na criação de planos de aceleração de soluções e no engajamento do setor privado, reforçando a agenda de ação.
O debate também abordou o papel do Brasil na condução da Conferência, que conseguiu estruturar uma agenda focada em novas formas de cooperação. Segundo os participantes, a presidência brasileira combinou uma estratégia de implementação, simbolizada pelo “mutirão da COP”, com a capacidade de trazer ao centro temas estruturantes que vão além da diplomacia tradicional.
Foram discutidas ainda perspectivas para os próximos anos, incluindo a necessidade de superar a atuação em silos, fortalecer a coordenação entre diferentes níveis de governo e aprimorar mecanismos capazes de transformar compromissos internacionais em ações concretas.
O encontro apresentou ainda os destaques da atuação do CEBRI na COP30, com programação nos espaços oficiais da Conferência e na Casa Diálogo, sede temporária do CEBRI em Belém. Os debates envolveram temas como governança climática, geopolítica e poder, transição climática e energética, infraestrutura para descarbonização, minerais críticos, geoeconomia e comércio, agricultura tropical, tecnologia e superpoluentes. As atividades reforçaram a importância de integrar agendas e fortalecer a cooperação entre governos, setor privado e sociedade civil para viabilizar soluções climáticas de maior escala e impacto.