O CEBRI marcou presença na 61ª Conferência de Segurança de Munique (MSC), o principal fórum global que reúne líderes e especialistas para debater os desafios da segurança internacional, que aconteceu do dia 14 a 16 de fevereiro. Sob o tema "Multipolarização", os principais temas discutidos este ano incluíram governança global, resiliência democrática e segurança climática, além de debates sobre a ordem internacional, crises regionais, o futuro da parceria transatlântica e o papel da Europa no mundo.

O que é a Conferência de Segurança de Munique?

Com origem na Conferência Internacional de Defesa, a conferência alemã foi fundada em 1963 por Ewald-Heinrich von Kleist, ex-combatente da resistência, como um encontro privado para debater questões de defesa. Atualmente, a Conferência de Segurança de Munique (MSC) se consolidou como o principal fórum independente para a discussão dos principais desafios da política externa e de segurança global da atualidade e do futuro.

Realizada na cidade de Munique, na Alemanha, a Conferência reúne anualmente tomadores de decisão de alto nível, incluindo chefes de Estado, ministros, representantes de organizações internacionais e da sociedade civil, acadêmicos e especialistas. Ao longo das últimas décadas, o evento tornou-se uma plataforma para iniciativas diplomáticas e encontros para que líderes políticos discutam questões relacionadas aos riscos de segurança mais urgentes.

61ª Conferência de Segurança de Munique

Em 2025, a Conferência aconteceu do dia 14 a 16 de fevereiro, reunindo novamente líderes globais para discutir os principais desafios da segurança internacional. Sob o tema "Multipolarização", os principais temas discutidos este ano incluíram governança global, resiliência democrática e segurança climática, além de debates sobre a ordem internacional, crises regionais, o futuro da parceria transatlântica e o papel da Europa no mundo.

CEBRI no mundo

Em sua segunda participação na MSC, o Diretor Acadêmico do CEBRI e Professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Feliciano Guimarães, acompanhou de perto discussões sobre os desafios atuais da política de segurança internacional. Segundo Feliciano, esse foi um ano histórico com discursos que provavelmente irão impactar a política internacional. Um dos momentos mais emblemáticos foi a fala de JD Vance, vice-presidente dos EUA, que, ao abordar o funcionamento das democracias européias, evitou mencionar a Guerra na Ucrânia, tema central da conferência nos últimos anos. O discurso gerou uma forte reação das lideranças europeias, aprofundando as tensões dentro da Aliança Transatlântica (Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN)

Ainda sobre o futuro da Ucrânia, outro ponto de destaque foi a discussão sobre o possível lançamento de negociações de paz com a Rússia e os desafios para a colocação de tropas de paz em uma linha de contato de 1.800 km depois do cessar fogo, uma negociação que pode envolver a algum momento a solicitação de tropas brasileiras, uma vez que o Brasil não é um ator completamente fora do jogo. 

Crédito: Stefan Obermeier