Diante da crescente necessidade de lidar com as mudanças climáticas, a bioenergia tem se tornado um elemento fundamental na mudança para uma nova matriz energética global. Nesse cenário, o Brasil, graças ao seu sólido setor sucroenergético e significativa capacidade de produção, desempenha um papel fundamental nas conversas sobre a redução da emissão de carbono na matriz energética. Este foi o tema central do encontro promovido pelo Núcleo Agro do CEBRI em parceria com o Insper Agro Global, que aconteceu na última segunda-feira, 21 de outubro.
O evento teve a abertura realizada por Leandro Gilio, Pesquisador e Professor do Insper Agro Global, e Feliciano de Sá Guimarães, Diretor Acadêmico do CEBRI e Professor da USP, e contou com a presença do especialista Luciano Rodrigues, Diretor de Inteligência Setorial da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA). Os participantes analisaram a matriz energética brasileira, que se destaca devido à alta participação de fontes renováveis, como a bioenergia e a energia hídrica.
O debate sobre a bioenergia também incluiu a necessidade de diferenciação tributária e políticas públicas que reconheçam as externalidades positivas dessa fonte de energia. Outro ponto levantado foi o estoque de biocombustíveis, como etanol de cana e milho, que segue crescendo com uma significativa porcentagem de energia elétrica gerada proveniente desse setor. Finalizando as discussões, foi debatido o aumento de queimadas, particularmente em regiões canavieiras, que requerem atenção especial e medidas de prevenção, uma vez que afetam diretamente a produção e a sustentabilidade da bioenergia no Brasil.
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