A 4ª edição da CEBRI-Revista foi lançada no dia 15/12, em evento online, destacando o potencial do Brasil para assumir o protagonismo na agenda do clima. A edição também aponta os desafios que o país tem de enfrentar em relação ao desmatamento, à transição energética e à segurança climática. Para assistir ao debate de lançamento da 4ª edição da CEBRI-Revista, clique AQUI. Acesse a nova edição gratuitamente AQUI.
Participam desta edição alguns dos maiores especialistas em Relações Internacionais do Brasil e do exterior, entre eles, os professores Hussein Kalout e Feliciano de Sá Guimarães, editores-chefes da revista e autores do policy paper “Uma Política Externa Pendular entre EUA e China: o Brasil se protegendo para sobreviver” e Jeffrey Sachs, Professor e Diretor do Centro de Sustentabilidade da Universidade de Columbia nos Estados Unidos, com uma entrevista exclusiva que aborda as oportunidades para o Brasil na agenda ambiental. O Ministro Celso Lafer contribui com a íntegra do seu discurso de agradecimento à outorga do título de Doutor Honoris Causa concedido pela Unesp, resgatando o valor do conhecimento para a tomada de decisão no âmbito das políticas públicas.
Todos os especialistas que participaram desta edição da CEBRI-Revista apontam a vantagem competitiva do Brasil para assumir a liderança da agenda climática. “O tema escolhido para a 4ª edição tem um simbolismo forte em 2022, mesmo ano em que se celebra o nosso bicentenário da independência, os 30 anos da realização da Rio-92 em nossa terra e os 50 anos da presença da diplomacia brasileira na causa ambiental”, lembra a editora-chefe convidada para esta edição, Fernanda Cimini, Professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e visitante da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
A 4ª edição também conta com artigos, entrevistas e resenhas de outros renomados especialistas como Rubens Ricupero, Ministro do Meio Ambiente (1993-1994), e do diplomata Eugênio V. Garcia. Segundo Garcia, a pauta ambiental deverá ser dominada pelo binômio “tecnológico e sustentável” baseado na economia verde-digital, entre outros. Já a pesquisadora Karin Costa Vazquez aborda a aceleração de políticas públicas no âmbito da Agenda 2030; o reposicionamento do país frente às grandes transformações globais, em que pesem o deslocamento do eixo geopolítico do Ocidente para a Ásia, a revolução tecnológico-digital e a transição energética; e o resgate do protagonismo internacional do Brasil.
O ministro de Economia e Finanças de Moçambique, Ernesto Max Elias Tonela, também entrevistado nesta edição, chama atenção para a posição de destaque que seu país ocupa na produção de gás natural, sendo a terceira maior reserva do mundo. Tonela ressalta outros ativos renováveis que podem impulsionar a transição energética na região da África Austral. Hoje, aquele país enfrenta o grande desafio dos conflitos na região de Cabo Delgado e tem contado com o apoio da comunidade internacional para implementação de projetos que assegurem a retomada da estabilidade social e econômica na região.