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CEBRI conversa com Gina Abercrombie-Winstanley, Diretora de Diversidade e Inclusão do Departamento de Estado dos EUA

O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e a missão diplomática dos Estados Unidos vêm mantendo uma série de diálogos estratégicos no período. O mais recente encontro, com a Embaixadora Gina Abercrombie-Winstanley, Diretora de Diversidade e Inclusão do Departamento de Estado dos EUA desde abril de 2021, em visita ao Rio de Janeiro em dezembro, focou no tema da inclusão em decisões de políticas públicas. A visita ao Brasil, a primeira de uma série que fará ao redor do mundo, se dá devido à importância do país na representatividade da população negra no conjunto de sua população, e da parceria estratégica entre os dois países.

Com mais de 30 anos de experiência no serviço diplomático dos EUA, Abercrombie-Winstanley foi a primeira mulher a liderar uma missão diplomática na Arábia Saudita e ocupou cargos-chave de alto escalão, servindo como Assessora do Comandante das Forças Cibernéticas dos EUA e Vice Coordenadora de Contraterrorismo.

Abercrombie-Winstanley faz parte dos 7% diplomatas negros dos EUA. As mulheres têm maior representação: 40%. A embaixadora sempre apoiou a inclusão de sub-representações, como mulheres, negros e pessoas LGBTQI+ no serviço diplomático norte-americano.

Na conversa com o CEBRI, a embaixadora citou a “história compartilhada” entre EUA e Brasil, ambos os países com uma composição étnica diversa, que compartilham um passado de colonização e escravidão e o desafio do racismo estrutural. No Brasil, apenas 12% dos diplomatas são negros e 23% são mulheres, mas Abercrombie-Winstanley celebra o fato de, atualmente, três dos diplomatas da missão diplomática barsileira em Washington serem negros. “Essa representação de países que querem estar na linha de frente das agendas de inclusão e diversidade é crucial”, comenta.

O Brasil foi sua primeira parada em uma viagem com diversos destinos, a primeira desde que assumiu a posição. No Rio de Janeiro, a visita incluiu o Cais do Valongo, na zona portuária da cidade, um dos poucos locais de memória dos mais de três séculos de escravidão no Brasil e das  pessoas escravizadas que chegaram ali vindas da África.

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