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5G é jogo geopolítico, diz Paulo Sérgio Melo de Carvalho à Exame

Nesta quinta-feira (4), as 10h, foi realizada a sessão de abertura do leilão do 5G em Brasília. No total, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) recebeu 15 propostas de empresas e consórcios interessados em explorar a nova tecnologia em território brasileiro. Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, esse número elevado de candidatos poderia levar a sessão a se estender até a sexta-feira (5). Em entrevista exclusiva sobre o 5G à Exame, Paulo Sérgio Melo de Carvalho, ex-chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCIBER) e Senior Fellow do Núcleo de Defesa e Segurança Internacional do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), alertou que o tema está relacionado à soberania do país.

“É um jogo geopolítico, com interesse de diversos Estados, pois este certame oferecerá espaço para as empresas de telecomunicações, as empresas fornecedoras de tecnologia de 5G, empresas de tecnologia (fornecedoras de software, hardware, microchips, dispositivos IoT) e as empresas de infraestruturas de rede. A segurança nacional relaciona-se com a capacidade de o país soberano defender suas infraestruturas de redes de comunicações.”, disse Carvalho. 

O Senior Fellow alertou sobre um risco maior de ataques cibernéticos: “Me preocupam mais duas outras possibilidades: a primeira que, em função da capacidade da rede e da previsível proliferação dos IoT, quem domine a infra tenha mais facilidade para direcionar fluxos e provocar ataques DDoS muito mais potentes que os que temos hoje em dia e, a segunda, mais grave, é que esses equipamentos venham com alguma bomba lógica que permita ao fornecedor desligá-los remotamente, num cenário, também bastante previsível, em que paulatinamente os meios de produção estarão cada vez mais dependentes da rede 5G”.

Confira a entrevista na íntegra AQUI.

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Nesta quinta-feira (4), as 10h, foi realizada a sessão de abertura do leilão do 5G em Brasília. No total, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) recebeu 15 propostas de empresas e consórcios interessados em explorar a nova tecnologia em território brasileiro. Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, esse número elevado de candidatos poderia levar a sessão a se estender até a sexta-feira (5). Em entrevista exclusiva sobre o 5G à Exame, Paulo Sérgio Melo de Carvalho, ex-chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCIBER) e Senior Fellow do Núcleo de Defesa e Segurança Internacional do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), alertou que o tema está relacionado à soberania do país.

“É um jogo geopolítico, com interesse de diversos Estados, pois este certame oferecerá espaço para as empresas de telecomunicações, as empresas fornecedoras de tecnologia de 5G, empresas de tecnologia (fornecedoras de software, hardware, microchips, dispositivos IoT) e as empresas de infraestruturas de rede. A segurança nacional relaciona-se com a capacidade de o país soberano defender suas infraestruturas de redes de comunicações.”, disse Carvalho. 

O Senior Fellow alertou sobre um risco maior de ataques cibernéticos: “Me preocupam mais duas outras possibilidades: a primeira que, em função da capacidade da rede e da previsível proliferação dos IoT, quem domine a infra tenha mais facilidade para direcionar fluxos e provocar ataques DDoS muito mais potentes que os que temos hoje em dia e, a segunda, mais grave, é que esses equipamentos venham com alguma bomba lógica que permita ao fornecedor desligá-los remotamente, num cenário, também bastante previsível, em que paulatinamente os meios de produção estarão cada vez mais dependentes da rede 5G”.

Confira a entrevista na íntegra AQUI.

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