A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), criada em 1967, formada por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Singapura, Tailândia e Vietnã, consolidou-se como uma das economias de maior crescimento no mundo, com PIB combinado de US$ 4,8 trilhões e população de 690 milhões em 2025. O grupo ASEAN-6 (Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã) concentra 96% do PIB do bloco e se destaca pelo crescimento econômico, industrialização acelerada, urbanização e inovação tecnológica, tornando-se um eixo central para comércio, investimento e desenvolvimento de cadeias globais de valor.
A integração econômica regional é reforçada pelo RCEP (Parceria Econômica Regional Abrangente), que conecta a ASEAN à China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, fortalecendo cadeias produtivas intra-asiáticas e ampliando a atração de investimentos. Estima-se que, até 2030, o PIB do bloco possa dobrar, impulsionado por setores como energia renovável, manufaturas avançadas, economia digital, infraestrutura sustentável e mercados de consumo emergentes.
No pós-47ª Cúpula da ASEAN, realizada na Indonésia, em outubro deste ano, com a participação do presidente Lula, intensificaram-se as iniciativas para ampliar a presença política e econômica do Brasil no Sudeste Asiático. Na agenda, o Brasil reforçou compromissos em integração produtiva, transição energética, cooperação agrícola e inovação tecnológica. Além disso, o Fórum Bilateral Brasil–Malásia aprofundou o diálogo sobre investimentos, infraestrutura sustentável, biocombustíveis e cadeias globais de valor, consolidando a aproximação com parceiros-chave da região.
Esse movimento ocorre em um contexto de crescente dinamismo das relações Brasil–ASEAN. O comércio bilateral vem aumentando, embora ainda concentrado em commodities agrícolas. Em 2024, o Brasil exportou US$26,4 bilhões para o bloco e importou US$10,8 bilhões, com superávit baseado em soja, óleos e açúcar. O cenário revela oportunidades claras de diversificação da pauta exportadora, especialmente em manufaturas, serviços, economia verde, biotecnologia agrícola e tecnologias energéticas, temas centrais discutidos durante a Cúpula.
Diante desse contexto, a reunião virtual “Eixo Brasil-ASEAN: Cooperação e Oportunidades Comerciais” propõe um debate sobre o papel crescente da ASEAN no cenário global pós-Cúpula, identificando oportunidades de integração produtiva, atração de investimentos e inovação tecnológica, além de discutir caminhos para consolidar a presença brasileira na Ásia em setores estratégicos e de alto valor agregado, fortalecendo, assim, a projeção internacional do Brasil e sua inserção na economia global do século XXI.
Confira AQUI o artigo apresentado pela Embaixadora Eugênia Barthelmess "O Eixo Brasil-ASEAN: Comércio, Crescimento e Oportunidades Estratégicas”, produzido para a próxima edição da CEBRI-Revista.
10 de dezembro de 2025
10:00 às 11:00
Português
A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), criada em 1967, formada por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Singapura, Tailândia e Vietnã, consolidou-se como uma das economias de maior crescimento no mundo, com PIB combinado de US$ 4,8 trilhões e população de 690 milhões em 2025. O grupo ASEAN-6 (Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã) concentra 96% do PIB do bloco e se destaca pelo crescimento econômico, industrialização acelerada, urbanização e inovação tecnológica, tornando-se um eixo central para comércio, investimento e desenvolvimento de cadeias globais de valor.
A integração econômica regional é reforçada pelo RCEP (Parceria Econômica Regional Abrangente), que conecta a ASEAN à China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, fortalecendo cadeias produtivas intra-asiáticas e ampliando a atração de investimentos. Estima-se que, até 2030, o PIB do bloco possa dobrar, impulsionado por setores como energia renovável, manufaturas avançadas, economia digital, infraestrutura sustentável e mercados de consumo emergentes.
No pós-47ª Cúpula da ASEAN, realizada na Indonésia, em outubro deste ano, com a participação do presidente Lula, intensificaram-se as iniciativas para ampliar a presença política e econômica do Brasil no Sudeste Asiático. Na agenda, o Brasil reforçou compromissos em integração produtiva, transição energética, cooperação agrícola e inovação tecnológica. Além disso, o Fórum Bilateral Brasil–Malásia aprofundou o diálogo sobre investimentos, infraestrutura sustentável, biocombustíveis e cadeias globais de valor, consolidando a aproximação com parceiros-chave da região.
Esse movimento ocorre em um contexto de crescente dinamismo das relações Brasil–ASEAN. O comércio bilateral vem aumentando, embora ainda concentrado em commodities agrícolas. Em 2024, o Brasil exportou US$26,4 bilhões para o bloco e importou US$10,8 bilhões, com superávit baseado em soja, óleos e açúcar. O cenário revela oportunidades claras de diversificação da pauta exportadora, especialmente em manufaturas, serviços, economia verde, biotecnologia agrícola e tecnologias energéticas, temas centrais discutidos durante a Cúpula.
Diante desse contexto, a reunião virtual “Eixo Brasil-ASEAN: Cooperação e Oportunidades Comerciais” propõe um debate sobre o papel crescente da ASEAN no cenário global pós-Cúpula, identificando oportunidades de integração produtiva, atração de investimentos e inovação tecnológica, além de discutir caminhos para consolidar a presença brasileira na Ásia em setores estratégicos e de alto valor agregado, fortalecendo, assim, a projeção internacional do Brasil e sua inserção na economia global do século XXI.
Confira AQUI o artigo apresentado pela Embaixadora Eugênia Barthelmess "O Eixo Brasil-ASEAN: Comércio, Crescimento e Oportunidades Estratégicas”, produzido para a próxima edição da CEBRI-Revista.
Professora Adjunta do Departamento de Economia da UFMG
Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre 1998 e 2000.
Embaixador do Brasil na China (2016-2018)