Líderes da América Latina com forte influência na agenda climática e participação destacada em COPs na região, Manuel Pulgar-Vidal, do Peru; Patricia Espinosa, do México; e Gonzalo Muñoz, do Chile, se reuniram em Baku com a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira para uma conversa sobre o protagonismo latino-americano nos rumos do debate sobre o clima. O encontro, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e pelo WWF, aconteceu no pavilhão da Regional Climate Foundations e terminou com um brinde à COP30, que será realizada em Belém, em 2025.
A atuação de Izabella Teixeira, Conselheira Emérita do CEBRI, foi fundamental para as negociações do Acordo de Paris, em 2015, durante a COP21. Na ocasião, foi firmado o compromisso histórico para limitar o aquecimento global. Pulgar-Vidal presidiu a COP20, em Lima (um ano antes da assinatura do Acordo de Paris), que estabeleceu as bases para o ambicioso acordo. Patricia Espinosa foi secretária-executiva da UNFCCC, a Convenção-Quadro da ONU para Mudanças Climáticas, e presidiu a COP16, recuperando a confiança da comunidade internacional no processo de negociação, depois das falhas na COP15, em Copenhague. Já Muñoz foi nomeado pelo governo chileno, em 2019, Campeão de Alto Nível da ONU para as Mudanças Climáticas, na COP25
Dez anos depois da COP20, em Lima, os participantes trocaram impressões sobre temas como uso da terra, a questão do comércio e do protecionismo verde, a importância dos minerais críticos e estratégicos para a transição energética, a vulnerabilidade climática, adaptação e resiliência aos efeitos das mudanças no clima e a governança climática global.
A expectativa é que a atual COP avance, diante da realidade dos efeitos das mudanças climáticas no cotidiano, assumindo compromissos com o financiamento do combate ao aquecimento global. Também são esperadas negociações em torno da Meta Global de Adaptação, acertada na COP28, em Dubai.
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