Ao completar 30 anos, o bloco vive sua crise mais aguda — e eventuais recuos na integração não estão descartados
Ao longo das últimas décadas, Mercosul foi um sinônimo de crise. O motivo variava. Podia ser no comércio do setor automotivo dentro do bloco, brigas provocadas por importações vindas de fora do Cone Sul ou questões políticas. O certo é que houve quase sempre confusão. Às vésperas de o Mercosul completar 30 anos, um artigo da professora Andrea Hoffmann, do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(IRI/PUC-Rio), resume o sentimento geral ao dizer que a crise atual não tem precedente. Estão em debate a essência do Tratado de Assunção, assinado pelos então presidentes Fernando Collor, Carlos Menem (Argentina), Luis Lacalle (Uruguai, pai do atual presidente, Luis Lacalle Pou) e Andrés Rodríguez (Paraguai), e a ideia fundamental de que, juntos, os quatro países são mais fortes do que atuando separadamente.