A 61ª Conferência de Segurança de Munique, realizada de 14 a 16 de fevereiro de 2025, reuniu líderes globais para discutir os principais desafios da segurança internacional. Sob o tema "Multipolarização", os debates abordaram questões como governança global, resiliência democrática e segurança climática, além de analisar a ordem internacional, crises regionais, o futuro da parceria transatlântica e o papel da Europa no mundo.
A conferência serviu como plataforma para discussões sobre a reconfiguração das alianças internacionais, a crescente influência de potências emergentes e os desafios impostos pela multipolarização no cenário global. Como nos anos anteriores, o conflito na Ucrânia teve um papel de destaque na discussão. Durante o evento, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, enfatizou a importância da União Europeia em apoiar a Ucrânia, destacando que "não há paz duradoura sem a Ucrânia e sem a UE". Por outro lado, a fala do vice-presidente dos EUA, JD Vance, confirmando uma postura isolacionista de Washington com relação aos seus históricos aliados europeus.
A ausência de um resultado concreto da reunião convocada por Emmanuel Macron, presidente da França, após a conferência, bem como o início de conversas, em Riad, entre EUA e Rússia sobre um armistício para a Guerra, são indicadores de um esvaziamento político da Europa.
11h
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A 61ª Conferência de Segurança de Munique, realizada de 14 a 16 de fevereiro de 2025, reuniu líderes globais para discutir os principais desafios da segurança internacional. Sob o tema "Multipolarização", os debates abordaram questões como governança global, resiliência democrática e segurança climática, além de analisar a ordem internacional, crises regionais, o futuro da parceria transatlântica e o papel da Europa no mundo.
A conferência serviu como plataforma para discussões sobre a reconfiguração das alianças internacionais, a crescente influência de potências emergentes e os desafios impostos pela multipolarização no cenário global. Como nos anos anteriores, o conflito na Ucrânia teve um papel de destaque na discussão. Durante o evento, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, enfatizou a importância da União Europeia em apoiar a Ucrânia, destacando que "não há paz duradoura sem a Ucrânia e sem a UE". Por outro lado, a fala do vice-presidente dos EUA, JD Vance, confirmando uma postura isolacionista de Washington com relação aos seus históricos aliados europeus.
A ausência de um resultado concreto da reunião convocada por Emmanuel Macron, presidente da França, após a conferência, bem como o início de conversas, em Riad, entre EUA e Rússia sobre um armistício para a Guerra, são indicadores de um esvaziamento político da Europa.
Professor do Instituto de Relações Internacionais da USP
Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre 1998 e 2000.
Embaixador do Brasil no Egito e Ministro das Relações Exteriores (2011-2013)