Se por um lado o pós-Covid viabilizou a reabertura dos países e reaquecimento das economias, por outro, a invasão da Ucrânia pela Rússia deflagrou uma urgência pela garantia da segurança energética gerando intensa volatilidade nos mercados de combustíveis fósseis em função da disputa pelo fornecimento de petróleo e gás. A premência por segurança energética por sua vez provocou uma conjuntura macroeconômica adversa impondo obstáculos adicionais à aceleração da transição energética já que os ativos de combustíveis fósseis vêm garantindo rendimentos de curto prazo mais elevados enquanto os investimentos em energia limpa enfrentam custos crescentes de empréstimos contraídos e encargos com a dívida. Apesar disso, no início de 2023, a Agência Internacional de Energia estimou um investimento de USD2,8 trilhões em energia para o ano. Apostando que USD1,8 trilhões serão investidos em fontes de energia limpas suplantando os USD 1,0 trilhão a serem investidos em fósseis. Com isso, a agência defende que a despeito do aquecimento temporário do mercado de fósseis existe uma aceleração da implantação de uma série de tecnologias de energia limpa que viabilizarão acelerar a transição. No entanto, neste mesmo relatório, a agência reforça que para cumprir a ambiciosa agenda net-zero os investimentos dedicados à energia limpa bem como os pacotes verdes anunciados são insuficientes e, até o momento, fortemente concentrado nos países desenvolvidos. Assim, a questão crucial que ajudará a determinar o ritmo da transição alinhada com a garantia da segurança energética é a rapidez com que o investimento em energias limpas aumenta destacadamente nas economias emergentes e em desenvolvimento, onde as estratégias e políticas de apoio terão de ser acompanhadas por um melhor acesso ao financiamento verde.
Se por um lado o pós-Covid viabilizou a reabertura dos países e reaquecimento das economias, por outro, a invasão da Ucrânia pela Rússia deflagrou uma urgência pela garantia da segurança energética gerando intensa volatilidade nos mercados de combustíveis fósseis em função da disputa pelo fornecimento de petróleo e gás. A premência por segurança energética por sua vez provocou uma conjuntura macroeconômica adversa impondo obstáculos adicionais à aceleração da transição energética já que os ativos de combustíveis fósseis vêm garantindo rendimentos de curto prazo mais elevados enquanto os investimentos em energia limpa enfrentam custos crescentes de empréstimos contraídos e encargos com a dívida. Apesar disso, no início de 2023, a Agência Internacional de Energia estimou um investimento de USD2,8 trilhões em energia para o ano. Apostando que USD1,8 trilhões serão investidos em fontes de energia limpas suplantando os USD 1,0 trilhão a serem investidos em fósseis. Com isso, a agência defende que a despeito do aquecimento temporário do mercado de fósseis existe uma aceleração da implantação de uma série de tecnologias de energia limpa que viabilizarão acelerar a transição. No entanto, neste mesmo relatório, a agência reforça que para cumprir a ambiciosa agenda net-zero os investimentos dedicados à energia limpa bem como os pacotes verdes anunciados são insuficientes e, até o momento, fortemente concentrado nos países desenvolvidos. Assim, a questão crucial que ajudará a determinar o ritmo da transição alinhada com a garantia da segurança energética é a rapidez com que o investimento em energias limpas aumenta destacadamente nas economias emergentes e em desenvolvimento, onde as estratégias e políticas de apoio terão de ser acompanhadas por um melhor acesso ao financiamento verde.
Professor Associado de Relações Internacionais na Universidade de São Paulo
Consultora independente, Fellow no Instituto Igarapé, Consultora Internacional na APCO e membro do painel de especialistas em Transição Energética no Instituto Clima e Sociedade (iCS)
Presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais