Cultura é um direito fundamental. Proteger e apoiar sua produção, com o maior alcance e diversidade possíveis, são obrigações do Estado brasileiro, impostas pela Constituição e refletidas nos compromissos internacionais assumidos pelo país. O cenário atual de abandono das políticas públicas de fomento e incentivo à cultura, associado à recorrência de atos de enfraquecimento de instituições como a ANCINE, a Fundação Palmares, o IPHAN e a Cinemateca formam um cenário alarmante. As consequências para o desenvolvimento econômico e sociocultural do país são potencialmente desastrosas.

Algumas perguntas que o painel busca responder são: Como evitar que este cenário impacte a produção cultural brasileira e dissolva o capital de “soft power” acumulado ao longo de mais de meio século de uma diplomacia cultural muito bem-sucedida? Até que ponto a perda desse capital impacta as pretensões geopolíticas do país? No capital intelectual se concentra a riqueza das nações no século XXI. Como acumular e reter esses ativos?