28/10/2020
Organização
Maria Regina Soares de Lima
Marianna Albuquerque
Participantes
Erik Herejk Ribeiro, Senior Fellow do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE)
Leticia Simões, Professora do Centro Universitário La Salle-RJ e Coordenadora do Laboratório Universitário de Pesquisa sobre Práticas Ativas de Aprendizado (LUPPAA-LaSalle)
Marco Cepik, Professor titular do Departamento de Economia e Relações Internacionais (DERI) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Carlos Milani, Professor Associado e Vice-Diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (IESP-UERJ)
Pela centralidade histórica da Europa e dos Estados Unidos nas relações internacionais, a atual ordem multilateral foi construída a partir de valores majoritariamente liberais e ocidentais. Entretanto, as propostas multilaterais do pós-Segunda Guerra não são as únicas formas de promover integração. No momento em que a Ásia desponta progressivamente como a região definidora de equilíbrios no sistema internacional, o objetivo dessa conversa estruturada e? avaliar as experiências de integração asiática e as semelhanças e diferenças com outras organizações universais e regionais.
a) A emergência da China redirecionou o foco de atenções globais para as dinâmicas de relacionamento entre os Estados asiáticos. Apesar da relevância chinesa, o continente comporta diversos países estrategicamente importantes para a ordem global, por questões energéticas, territoriais, geopolíticas, sociais e econômicas. Como o/a sr./sra. analisa o relacionamento entre a China e os demais países asiáticos? As disputas territoriais e a diversidade sociocultural impedem que a China desempenhe um papel de liderança regional?
b) Na Ásia, foram formadas, historicamente, organizações internacionais com dinâmicas próprias de funcionamento, a exemplo da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da Liga Árabe e, mais recentemente, da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX). Quais são os principais valores norteadores do regionalismo asiático? Eles coincidem ou divergem com relação às experiências de integração de outras regiões?
c) Além da importância econômica, a Ásia também é descrita como um continente no qual há focos permanentes de tensões. Na região, há conflitos territoriais, marítimos, disputas históricas de fronteiras e a maior concentração mundial de países nuclearmente armados. Quais são os principais focos de instabilidade da região, e qual a sua avaliação sobre o potencial desestabilizador dos conflitos asiáticos?
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Participantes:
Cristina Pecequilo, Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo e dos Programas de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP/UNICAMP/PUC-SP) e em Economia Política Internacional da UFRJ
Laís Forti Thomaz, Professora Adjunta do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Goiás (UFG)
Sebastião Velasco e Cruz, Professor Titular do Departamento de Ciência Política da Unicamp e do Programa San Tiago Dantas de Pós-Graduação em Relações Internacionais, UNESP/UNICAMP/PUC-SP
Tullo Vigevani, Professor Titular de Ciência Política da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)
Nesse tema, o objetivo é trazer a luz debates como o afastamento multilateral do Estados Unidos, uma avaliação da política externa de Donald Trump e o cenário de competição entre EUA e China. Devido à importância histórica do relacionamento com EUA para o Brasil, e a crescente presença chinesa no país e na região, serão ressaltadas as implicações para o Brasil dos resultados eleitorais e sobre os rumos da política externa brasileira.
a) Desde que assumiu a presidência, Donald Trump adotou uma narrativa crítica às organizações multilaterais e à busca de soluções coletivas para crises globais. Qual a sua avaliação sobre o reiterado negacionismo desse governo face à pandemia e as críticas à capacidade do multilateralismo na coordenação da ação coletiva internacional?
b) Dados os laços históricos com os Estados Unidos e a crescente importância da China, sobretudo para a pauta comercial, quais as implicações para o Brasil da competição China-EUA?
c) Dada a atual estratégia da diplomacia brasileira de reforçar o alinhamento com Estados Unidos de Donald Trump, quais cenários se desenham para a inserção internacional do Brasil com a vitória de Biden ou de Trump nas eleições estadunidenses?
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Participantes
Embaixador Rubens Ricupero, Conselheiro Emérito do CEBRI, Embaixador e ex-Ministro do Meio Ambiente e da Fazenda do Brasil
Dawisson Belém Lopes, Professor Associado de Política Internacional e Comparada e Diretor-Adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Guilherme Casarões, Professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas
Monica Hirst, Professora da Universidad Torcuato Di Tella (Buenos Aires) e professora visitante no IESP-UERJ
Deisy Ventura, Professora Titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP)
Esta conversa estruturada tem como objetivo avaliar o futuro do multilateralismo diante da reconfiguração do mapa geopolítico – incógnita norte-americana, ativismo chinês na governança mundial da saúde e novo protagonismo europeu – e do eventual fortalecimento da capacidade de coordenação global das instituições políticas internacionais; da adoção de mecanismos multilaterais preventivos tendo em vista os riscos da ocorrência de outras pandemias e ameaças transnacionais no futuro; da restauração da cooperação internacional e da garantia de acesso universal às vacinas que venham a ser desenvolvidas; assim como as implicações para o Brasil e sua política externa das transformações em curso da ordem global pós-pandemia.
a) A pandemia de Covid-19, ao exigir a coordenação global, evidenciou diversas dificuldades para a atuação efetiva da governança global. Qual a sua leitura sobre o papel das instituições multilaterais na conjuntura crítica atual?
b) A convergência do afastamento estadunidense, do ativismo chinês, da busca de um novo protagonismo europeu e da crise de liderança no Sul Global fez com que muitos analistas apontassem que o multilateralismo, tal como o conhecemos, esta? em risco. Essa afirmação procede? Qual a sua avaliação sobre a capacidade de adaptação e de uma eventual renovação do multilateralismo no po?s-pandemia?
c) Historicamente, o Brasil valorizou a ação multilateral como uma prioridade de sua política externa. Entretanto, diversos analistas apontam para uma reversão desse engajamento histórico, com a preferência por acordos bilaterais, negociações em grupos menores e a desmobilização do papel de liderança no Sul Global. As críticas do atual governo às organizações internacionais, em especial à OMS, durante a pandemia, ilustram essa alteração. Na sua opinião, ate? que ponto tal comportamento pode provocar o isolamento nos foros multilaterais e a perda da credibilidade da política externa? Em que medida o Brasil poderia retomar, no futuro, seu clássico papel de mediador entre os países do Norte e do Sul, por exemplo?
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